TERA (abreviação de The Exiled Realm of Arborea) é um jogo de RPG online multijogador massivo (MMORPG) desenvolvido pela empresa sul-coreana Bluehole Studio. O jogo foi lançado na Coreia do Sul em 25 de janeiro de 2011, na América do Norte em 1 de maio de 2012, na Europa em 3 de maio de 2012, na Rússia em 26 de fevereiro de 2015.
O lançamento do jogo foi precedido em cada região pelas etapas de testes beta fechados e abertos. Nestas regiões, os publicadores foram NHN Entertainment, En Masse Entertainment, Gameforge e Destiny Games, respectivamente. Durante a transição do jogo para um modelo financeiro free-to-play em fevereiro de 2013, o nome do jogo foi alterado para TERA: Rising. A versão russa foi lançada inicialmente usando o sistema free-to-play.
Os desenvolvedores de TERA participaram, junto com a CCP Games, do desenvolvimento do altamente bem-sucedido sistema PLEX para EVE Online, projetado para reduzir o interesse dos vendedores de ouro no jogo. Como resultado, havia uma moeda virtual em TERA chamada Chronoscrolls, que funcionava de maneira semelhante: um jogador poderia comprar uma assinatura do jogo com Chronoscrolls ou trocá-los pela moeda real do jogo — ouro. A oportunidade de usar Chronoscrolls era fornecida apenas aos usuários que compraram uma edição eletrônica ou física do jogo, enquanto os proprietários da versão de teste (Discovery Edition) não tinham acesso a essa moeda virtual.
TERA oferece características típicas de MMORPG, como missões, criação de itens e PvP. O jogo utiliza um sistema de combate em tempo real com visão em terceira pessoa. Para selecionar um alvo, o jogador deve continuamente apontar a mira para ele em vez de selecionar com o mouse ou clicar nos inimigos (esta característica é chamada de “non-target” pelo desenvolvedor). O jogador também precisa desviar ativamente dos ataques direcionados a ele. O jogador pode usar um teclado e mouse ou um gamepad para controlar o personagem.
O personagem do jogo pode ser de uma das sete raças que fazem parte da “Federação Valkyoniana”. Cada raça tem um conjunto de “habilidades raciais” únicas que lhes conferem pequenas vantagens.
Em setembro de 2014, o nome do jogo foi alterado para TERA: Fate of Arun ao mesmo tempo que o lançamento da atualização, que aumentou o nível máximo dos personagens e introduziu novos conteúdos de jogo. Em maio de 2017, o jogo tinha mais de 26 milhões de usuários em PCs e, em maio de 2018, 2 milhões de usuários em consoles de videogame. O servidor europeu do jogo foi fechado em 30 de junho de 2022.
Os dois primórdios, Arun e Shara, titãs de poder inimaginável, se encontraram em um vazio informe. Por alguma razão desconhecida, Arun e Shara adormeceram e estão sonhando. Enquanto estavam dormindo, o Forte Reino de Arborea começou a aparecer cada vez mais proeminentemente ao redor deles. Atualmente, seus corpos formam dois continentes, que compõem o Reino Exilado de Arborea.
Enquanto os Titãs continuam a dormir, seus sonhos se tornam realidade. De seus sonhos, surgiram os primeiros 12 habitantes divinos de TERA, entre os quais logo ocorreu uma terrível guerra. Arun e Shara ainda estão em um estado de sonho, e os primeiros mortais se encarnaram de seus sonhos. Mortais e deuses lutaram entre si em grandes guerras santas, como resultado das quais a maioria dos deuses foi morta,
aprisionada ou de outra forma destruída. Alguns mortais também foram destruídos, mas outros sobreviveram até hoje. A maioria das raças em TERA são membros de uma aliança que contraria ameaças externas ao mundo.
A criação do jogo TERA começou logo após a fundação da Bluehole Studio em 2007. No início de 2007, a NCsoft, uma empresa líder no mercado de MMORPG, entrou em contato com a polícia acusando a Bluehole Studio de roubar o código-fonte do jogo Lineage 3, que ainda estava em fase inicial de desenvolvimento. A NCsoft alegou que vários ex-funcionários, que haviam deixado a empresa para formar a Bluehole Studio, levaram informações confidenciais, incluindo software e artes, e as usaram para desenvolver o TERA.
O processo estimou as perdas da NCsoft em cerca de US$ 1,7 milhão, e não US$ 1 bilhão, como às vezes é erroneamente relatado.
Em 2009, o tribunal sul-coreano decidiu a favor da NCsoft, condenando alguns dos gerentes seniores da Bluehole a penas de prisão que variavam de 8 meses a 1,5 anos, além de impor multas. No entanto, a Bluehole Studio não foi considerada culpada como empresa. Apesar dessa batalha legal, a Bluehole Studio afirmou que essas questões não impactariam o cronograma de desenvolvimento do TERA.
Antes do lançamento de TERA na América do Norte em 2012, a divisão americana da NCsoft entrou com uma ação contra a En Masse Entertainment, a divisão americana da Bluehole Studio, exigindo uma liminar contra a publicação do jogo nos Estados Unidos devido ao “uso de informações confidenciais relacionadas ao projeto Lineage 3”. No entanto, isso não impediu que TERA entrasse no mercado americano a tempo.
Apesar do descontentamento entre os jogadores causado por essa mudança, a editora não abandonou seus planos, e a versão europeia do jogo recebeu uma classificação 12+ das agências PEGI e USK. A versão russa, segundo a editora, é baseada na versão original coreana do jogo e não há planos de introduzir censura adicional. A classificação da versão russa é 18+.
Em setembro de 2013, o modelo financeiro do jogo na América do Norte e na Europa mudou para free-to-play, ao mesmo tempo o nome foi alterado para TERA: Rising. De acordo com o desenvolvedor, após esta atualização, não haverá restrições de tempo de jogo, nível ou conteúdo para usuários gratuitos. Jogadores que pagaram pelo status “elite” por 30 dias receberão recompensas aumentadas em masmorras, descontos no jogo e privilégios de metajogo associados ao novo modelo financeiro. Os Chronoscrolls mencionados anteriormente que não estavam mais disponíveis para compra, e pagamentos de assinaturas tornaram-se impossíveis com eles. Os Chronoscrolls existentes poderiam ser vendidos a um NPC do jogo.
As versões japonesa e coreana do jogo mudaram para o modelo free-to-play em dezembro de 2012 e janeiro de 2013, respectivamente.